quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Lançamento Gryphus: TIMOR-AMOR, de Ruy Cinatti

No dia 15 de agosto de 2013, na Academia Brasileira de Letras, a Gryphus Editora promoveu o lançamento do livro TIMOR-AMOR, de Ruy Cinatti. Na ocasião, o Prêmio Nobel José Ramos-Horta, o Acadêmico Alberto Costa e Silva e a doutora Letícia Villela Lima da Costa foram convidados para uma mesa-redonda sobre a publicação.













segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FLIP 2013


por Gisela Zincone

Esse ano uma das melhores coisas é que fez sol todos os dias. Geralmente chove muito, mas os dias estavam frios e ensolarados. Dias bonitos. As pessoas aproveitaram bastante a praia, algumas passearam de barco. Eu mesma fui à praia em Trindade. Pra mim, parte da FLIP é isso: além do estímulo intelectual, ter também o estímulo da natureza. Além da arquitetura da cidade, o entorno é muito lindo. O mar, as montanhas.


 Outra coisa bacana foi que a Travessa, uma livraria aqui do Rio que a gente gosta, estava lá pelo primeiro ano. Antes era a Livraria da Vila, de São Paulo, que é boa também. Mas como a Travessa é do Rio, a gente gosta de estimular o pessoal daqui.
 É sempre bom ir à FLIP, você encontra muita gente. A FLIP ficou de um tamanho X. O que tem mais agora são os eventos paralelos. O lugar onde acontece a FLIP é muito pequeno e os ingressos se esgotam muito rápido, às vezes você não consegue garantir. Com os eventos paralelos, se você não conseguir ir à tenda principal, com certeza verá outras coisas de grande qualidade.

 O que não achei tão bom foi porque tivemos uma FLIP politizada esse ano, devido a todos esses movimentos nas ruas. A discussão que a gente lê diariamente no jornal e na televisão sobre as passeatas se transferiu para lá também. Era inevitável, afinal, é o assunto do momento. Mas eu, particularmente, gosto de ir à FLIP pra descobrir novos mundos, ouvir novos autores, novas ideias. Falar de outros países e seus problemas. O Brasil é um país virado para si próprio. A gente não sabe de nada que acontece em lugar nenhum. Estamos de costas para a América Latina. Claro que ouvimos um pouco de lá e de cá, mas geralmente só falamos de nós mesmos. Ainda mais nesse momento, em que todos os olhares estão virados pra cá: é Copa, é Olimpíadas. Então eu fico exausta de Brasil (risos).

 André Lara Resende, um economista de grande projeção, inteligência brilhante, amigo de Toni, meu marido, foi convidado de última hora pra falar sobre a situação política do país. Ele e Marlos Nobre, da UNICAMP. Falaram sobre a política econômica da Dilma. As reclamações são extensas porque ninguém se sente representado pelo congresso, ninguém se identifica com aqueles políticos. Vivemos em um sistema de representatividade falido, em uma democracia caída. Há um mal estar. O André Lara Resende fez boas colocações sobre o aumento na renda do brasileiro. Houve de fato uma grande inserção, uma massa saiu da pobreza e ascendeu. Entretanto, mesmo que o Brasil tenha melhorado, os serviços continuam péssimos. Perde-se muito tempo no trânsito, os ônibus não funcionam, quase não há tempo pra ficar com a sua família. Há uma sensação de insatisfação nas pessoas porque não é só ascensão social, a qualidade dos serviços públicos também precisa ascender em proporção.

 Essa também foi uma FLIP quase sem estrelas, o que não ocorria no passado, pois sempre vinha um prêmio Nobel. Gente de altíssimo calibre, como Eric Hobsbawm,  Toni Morrison,  Salman Rushsdie, J. M. Coetzee, enfim, autores de grande envergadura. Este ano a maior estrela, Houellebecq, cancelou na última hora. Em 2004 foi o José Eduardo Agualusa, em outro ano foi o Valter Hugo Mãe. Mas eu sempre acho bom. Sempre volto inspirada à editora. Esse ano teve a iraniana Lila Azam Zanganeh, que escreveu um livro sobre o Vladimir Nabokov. "O encantador: Nabokov e a felicidade" - esse título foi best-seller na Livraria da Travessa, vendeu 950 livros, o que é muita coisa pra um evento. Ela realmente deve ser uma inteligência fora do normal. Com 23 anos já era poliglota e já está dando aula de Literatura em Harvard. Ouvi dizer que ela aprendeu português antes de vir ao Brasil e que palestrou em português na FLIP. Um fenômeno: linda, jovem e genial e carismática. Infelizmente não consegui vê-la.


A primeira mesa a qual assisti e gostei muito foi a do arquiteto português Eduardo Souto de Mouta com o crítico norte-americano Paul Goldberger. O arquiteto, muito inspirado, falou de muita coisa, de psicanálise até a indentidade das comunidades, fugindo da literatura, mas sempre muito interessante.

Gostei também da mesa do americano Tobias Wolff com mexicano residente no Brasil Juan Pablo Villalobos.  Tobias falou sobre o processo de criação do escritor, sobre como os escritores sempre enfiam nos seus livros as pessoas que ele(a) conhece, já que a matéria-prima pra realizar esse trabalho é a própria vida do escritor. Os dois confessaram mentiras e falaram sobre como episódios de suas vidas podem resultar em literatura. Wolff confessou que o primeiro personagem que criou foi uma versão melhorada de si próprio – só que “bom atleta e mais inteligente”. As pessoas podem se identificar ou não, mas é sempre essa questão: a criação de personagens baseados em pessoas conhecidas e como articular isso. Afinal, sempre tem o ex-marido ou a ex-mulher que vai ficar com raiva. Tem um filme do Woody Allen, Desconstruindo Harry (1979), que fala muito bem sobre isso. O mexicano, por exemplo, é de uma cidade pequena que tem um nome grego. Então todos os personagens de suas criações tem nomes gregos, de deuses, etc.

 Esse tipo de discussão de autor pra mim é muito interessante, saber como se desenvolve a escrita, a pesquisa, o fluxo de pensamento. Essa foi a mesa que eu mais gostei.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Ô abre alas, a FLIP vai chegar!

Do dia 3 ao dia 7 de julho, a pequena e aprazível cidade de Paraty, refúgio paradisíaco entre Rio e São Paulo, respirará literatura!
Aproximadamente 20 mil pessoas passarão pela cidade, juntando-se a um dos maiores eventos literários do mundo: a FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty.
Tudo começou em 2003, como uma festa entre amigos do meio literário. Foi crescendo, ficando comprida e hoje é um evento enorme, que envolve plenamente a cidade e atrai visitantes de todo o planeta. Cada ano tem o seu escritor homenageado. O de 2013 é o nosso brilhante Graciliano Ramos, autor de livros como Vidas Secas e Memórias do Cárcere. Num país como o Brasil, onde a população em geral lê tão pouco, um evento como a FLIP vem como um presente, estimulando e fomentando a literatura, os debates literários, a criação. Premiados, reconhecidos, amadores e jovens escritores, professores, estudantes, apreciadores, crianças e adultos, viajantes. Todos são bem vindos à FLIP. Todos estarão embebidos pelo deleite literário, enebriados com o cheiro de livro.
Confira aqui o site e prepare-se! Os ingressos já começaram a ser vendidos e alguns até mesmo já se esgotaram!

Para sentir um pouco o espírito dessa festa linda, veja esse vídeo divertido que pescamos no youtube:

domingo, 10 de março de 2013

Leitura gera leitura que gera leitura...

"Pensando a respeito eu acho que ler devia ser proibido. Nada contra quem lê, mas de certas coisas não se duvida, e ler não é nada bom. A leitura nos torna incapazes de suportar a realidade. A leitura tira o homem de sua vida pacata e o transporta a lugares nada convencionais. Para uma criança o perigo é ainda maior, porque ela pode crescer inconformada com os problemas do mundo e querer até mudá-lo, dá para imaginar? E tem outra coisa: ler pode estimular a criatividade e você não quer uma criancinha bancando o "geniozinho" por aí, quer? Além disso, a leitura pode tornar o homem mais consciente, e ia ser uma confusão se todo mundo resolvesse exigir o que merece. Nada de vagar pelos caminhos da imaginação simplesmente porque leu um bom livro. Há quem diga que ler engrandece, mas eu nnao conheço um caso sequer. Quer um conselho? Silêncio. Ler só serve aos sonhadores e sua vida não é brincadeira. Cuidado, ler pode tornar as pessoas perigosamente mais humanas."

Texto: Campanha de incentivo à leitura apresentada em 2003 por alunos de Publicidade e Propaganda da UNIFACS - Universidade Salvador. (Fonte: Anamatopeia)

Imagem: Anonymous Art of Revolution

quinta-feira, 7 de março de 2013

Hugo Chávez sem Uniforme


Quem é Hugo Chávez? Um verdadeiro revolucionário ou um neopopulista pragmático? Até onde chega sua sensibilidade social e até onde alcança sua própria vaidade? É um democrata que tenta construir uma Venezuela sem exclusões, ou um caudilho autoritário que seqüestrou o Estado e as instituições? Ele pode ser essas duas coisas ao mesmo tempo? Quem é esse homem que agita um crucifixo enquanto cita Che Guevara e Mao Tse-Tung? Para mais informações sobre o livro Hugo Chávez sem Uniforme clique aqui.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vai rolar outro filme do Arriaga!!! E o Hector Babenco vai participar desse!!!

Babenco volta às telas com a autoria de um segmento do longa idealizado e produzido por Guillermo Arriaga (que é um de nossos autores, basta clicar para ver os livros), que se dividirá em episódios e terá o título de "Words with gods". A Globo publicou interessante matéria sobre essa volta de Hector Babenco, que já estava a seis anos sem filmar, deem uma olhada:

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Entrevista com André Schiffrin



Este é o primeiro bloco de uma excelente entrevista com um editor que está entre os mais experientes do ramo, o franco-americano André Schiffrin. A entrevista aborda questões vitais ao mercado editorial de hoje, como o futuro do livro físico, do livro digital e das livrarias. Para compreender um pouco sobre a atual dinâmica do livro, vale muito apena assistir a todos os blocos da entrevista (basta clicar aqui).